Blecaute - e a lei da sobrevivência no mundo da Avenida Vermelha
Pode parecer irônico, mas li esse romance no dia em que o transporte público de São Paulo parou. Só assim para conseguir parar o tempo e dar uma lida no presente que ganhei há algumas semanas.
Rindu é bobo. Acha que tem câncer. Martina é mandona. Corajosa e mandona. Mais mandona do que corajosa. Mário? Legal, mas babaca.
Os três universitários da USP fazem uma expedição as cavernas do Vale do Ribeira. Só que ocorre uma tempestade e esses são impedidos de saírem da caverna por alguns dias (lembrei-me de Santuário, James Cameron). Ao voltarem para casa, eles vêem que tudo está estranho. A cidade imóvel. As pessoas estão paralisadas. Estátuas 'vivas-mortas' ou 'mortas-vivas'. Um verdadeiro museu de cera mundial. Como Rindu as descreve "Os habitantes duros, com uma camada de plástico, mas não há plástico algum". Indaguei sobre uma parada de tempo: os três amigos estariam num tempo a frente dos outros habitantes... balela. Ratos, gatos, cachorros, cavalos e pumas perambulavam São Paulo. O tempo passa, esse é o cenário e a lei da sobrevivência é a que prevalece.
Algo inexplicável aconteceu. Tinha a esperança de que o autor me daria explicação do que ocorrera no mundo dentro daquelas páginas. Mero engano. O Marcelo me envolve e me engana... Ele é especialista nisso.
Irônias e bom humor dão um toque especial à obra. Queria tanto ver a Avenida Paulista Vermelha. Rindu e suas lembranças da imóvel Sorocaba. Mário e seu charme todo especial com as mulheres - acho que o autor de Feliz Ano Velho fez uma confidência ao narrar a cena da paquera com uma cantora de rock em um restaurante carioca - aliás, me apaixonei pelo Marcelo nessa biografia. Ah, e a representante da ala feminina: Martina e sua coragem de dar continuidade à raça humana.
Inspirado na série Além da Imaginação, Blecaute (1986) do saudoso Marcelo Rubens Paiva provoca tensão, curiosidade e compaixão.
Rindu é bobo. Acha que tem câncer. Martina é mandona. Corajosa e mandona. Mais mandona do que corajosa. Mário? Legal, mas babaca.
Os três universitários da USP fazem uma expedição as cavernas do Vale do Ribeira. Só que ocorre uma tempestade e esses são impedidos de saírem da caverna por alguns dias (lembrei-me de Santuário, James Cameron). Ao voltarem para casa, eles vêem que tudo está estranho. A cidade imóvel. As pessoas estão paralisadas. Estátuas 'vivas-mortas' ou 'mortas-vivas'. Um verdadeiro museu de cera mundial. Como Rindu as descreve "Os habitantes duros, com uma camada de plástico, mas não há plástico algum". Indaguei sobre uma parada de tempo: os três amigos estariam num tempo a frente dos outros habitantes... balela. Ratos, gatos, cachorros, cavalos e pumas perambulavam São Paulo. O tempo passa, esse é o cenário e a lei da sobrevivência é a que prevalece.
Algo inexplicável aconteceu. Tinha a esperança de que o autor me daria explicação do que ocorrera no mundo dentro daquelas páginas. Mero engano. O Marcelo me envolve e me engana... Ele é especialista nisso.
Irônias e bom humor dão um toque especial à obra. Queria tanto ver a Avenida Paulista Vermelha. Rindu e suas lembranças da imóvel Sorocaba. Mário e seu charme todo especial com as mulheres - acho que o autor de Feliz Ano Velho fez uma confidência ao narrar a cena da paquera com uma cantora de rock em um restaurante carioca - aliás, me apaixonei pelo Marcelo nessa biografia. Ah, e a representante da ala feminina: Martina e sua coragem de dar continuidade à raça humana.
Inspirado na série Além da Imaginação, Blecaute (1986) do saudoso Marcelo Rubens Paiva provoca tensão, curiosidade e compaixão.
Blecaute - Marcelo Rubens Paiva.
Comentários
Mas não tiro o mérito. O cara nos envolve. Não li Blecaute ainda, mas irei ler o quanto antes!!! Valeu pela sugestão!