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Mostrando postagens de setembro, 2016

Desses amores eternos

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Ela mal abriu os olhos e já foi se escondendo entre os braços, só deixando à mostra o incrível par de olhos castanhos. Ela pareceu um pouco envergonhada mas sabia onde estava. Sorri e desejei bom dia - o meu havia começado como o primeiro dia de férias de verão. Os fios de cabelo espalhados pela cama denunciavam a incrível noite que tivemos. Dormiu bem? Prossegui. A conheci na noite passada e a menos que ela esteja de partida para o Japão sinto que é a mulher da minha vida. Só falta lembrar seu nome. Não foi muito romântico, confesso, até meu amigo estava de olho nela, mas quem não estava? Tentei deixa-la decidir, mas meu coração teimou desde o momento que ela chegou no apartamento do Pedro acompanhada por uma amiga – a  troca de olhares foi inevitável. Não lembro de muita coisa, só que ela usava preto, trazia um chileno  El País de Quenehuao,  fez cinema e era bailarina, meu Cisne Negro! Também lembro que quando sorria olhava para baixo disfarçando a timidez e em seguida levanta

Só prometo um café

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E meu coração ficou um caco. Jurei parar de fumar, não mais beber, emagrecer, viajar e correr uma maratona. Também jurei não me apaixonar – parecia a coisa mais sensata depois de acordar com os olhos inchados, corpo pesado e uma dor de cabeça que me acompanhou por todo aquele domingo de ressaca. Os discos eram os mesmos e eu tentei mudar os móveis de lugar. Um sambinha para alegrar, algumas flores para animar e janela aberta para o sol entrar. Nessa rima, pensei, me enganaria bem até você chegar! E chegou, como vento frio no final da tarde de início de primavera, sem avisar. Pensei que já estava grandinho o bastante para não cair na lábia de um sorriso bonito, de um riso fácil, de um bate papo que faz perder a hora na manhã seguinte – e tanto faz se a conversa era acompanhada de copos americanos com cerveja de litro, cristais recheados de  Cabernet Sauvignon  ou numa distância encurtada pelo celular. Mero engano... Já dizia  Paulinho da Viola  " meu coração tem mania de amo

Amor de cinema inspirado em fatos reais.

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Sou a saudade que você vai gostar de lembrar e um riso que nas lembranças vai roubar vários teus. Sou um carinho que você vai se encolher quando recordar e o suor que te deu mais prazer. Sou a confusão que você mais gostou de decifrar e a bagunça que mais gostou de ter. Sou a música que teima em escutar e aquela trilogia que não se cansa de ver. Sou a insensatez que você precisava ter e a coragem que precisou para saltar. Sou a mão calma que passeia no corpo e que faz levitar. Sou o calor de um apertado abraço e a mordida no lábio no final do beijo.    Sou a calmaria no teu sábado de carnaval e o gênio dos desejos. Sou o teu verão depois de longos dias de inverno e as folhas secas que caem para o que não é eterno. Sou o arrepio do beijo roubado na história de um filme moderno.